sexta-feira, 3 de maio de 2013

Beato José Allamano


Ele nasceu em Castelnuovo d'Asti, Itália, em 21 de janeiro de 1851. Também a cidade natal de
São João Bosco, "o apóstolo da juventude"; e de seu tio São José Cafasso, irmão de sua mãe. Ambos foram seus orientadores e educadores desde a infância. Assim, José Allamano viveu no seio de uma família extremamente cristã.
Com vontade própria e decidido, ingressou no Oratório do Seminário Diocesano de Turim, onde recebeu a ordenação sacerdotal aos 22 anos e se formou em teologia um ano depois. Com 25 anos, foi convocado para continuar no mesmo seminário, como Diretor espiritual, demonstrando ter, apesar de jovem, excelentes qualidades de formador. Repetiu e inculcou, biblicamente aos noviços, a seguinte frase: "Fazer bem o Bem".
Quando padre Allamano foi nomeado Reitor do conceituado Santuário Mariano da "Consolata", tinha apenas 29 anos e permaneceu na função durante quarenta e seis anos, quando faleceu. A "Consolata" se tornou o campo de ação para todas as suas atividades sacerdotais. Muito atento, e com a mente aberta às necessidades e exigências pastorais do seu tempo, direcionou todas as iniciativas da diocese em favor da promoção da ação social da Igreja, da imprensa católica, da defesa e assistência ao clero, das associações operárias.
Também foi o Cônego da catedral, Superior de comunidades religiosas, membro de comissões e comitês diocesanos. Fundou em 1901 o Instituto Missões Consolata, composto de sacerdotes e de irmãos leigos. Em 1910 iniciou o Instituto das Irmãs Missionárias da Consolata.
Padre José Allamano tinha uma saúde frágil, mas este servo de Deus era de uma fortaleza heróica. Sem abandonar as atividades da diocese, priorizou e se ocupou da formação do clero, dos missionários e missionárias. O ideal que propunha era de servir as missões com dedicação total de mente, palavra e coração.
Este mestre e benfeitor do clero morreu serenamente na sua residência, junto ao Santuário da Consolata, a 16 de fevereiro de 1926. Seu corpo repousa em paz na Capela da Casa Mãe dos Missionários da Consolata, em Turim, Itália.
Em Roma, no dia 7 de outubro de 1990, o papa João Paulo II beatificou José Allamano. Nesta ocasião os dois Institutos missionários da "Consolata", fundados por ele, contavam com mais de dois mil membros espalhados em vinte e cinco países.
Beato José Allamano foi um visionário de pensamento avançado para seu tempo, sua beatificação teve um significado de especial reconhecimento, não apenas pelo exemplo de sua vida santificada, mas por ter antecipado que era obrigação de cada Igreja local se abrir à missão universal.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Escuto uma voz...



Esses dias eu estava aqui em casa cuidando de umas coisas e me veio uma inspiração: quem nós seguimos? A resposta foi forte e clara: seguimos uma voz. Mas que voz é essa a qual seguimos? É a voz de Deus. Imediatamente, lembrei-me da história de Abraão que escuta e segue o chamado de Deus: “Sai da tua terra, tua família e a casa de teu pai, e vai para a terra que eu te mostrar.” O interessante é que todas as vezes que Deus fala com Abraão sempre repete a promessa feita a ele, isto é, farei de ti uma grande nação. E hoje? Nós, com nossos serviços e carismas qual é a voz que queremos seguir.
A partir da inspiração que falei a pouco uma coisa é importante: escutar! Pode ser que esse verbo no mundo
de hoje esteja fora de moda, pois a sociedade que temos é cada vez mais dominada por uma cultura que não conhece momentos de parada. Esses momentos de parada são fundamentais na vida dos cristãos, pois são como que uma injeção de ânimo que a nossa vida e o nosso espírito recebem. Acredito firmemente que o Senhor não cessa de falar, no entanto, parece que a correria diária nos impede de escutar justamente aquilo que é o mais importante em nossa vida. É importante dizer que: a expressão de fé de Abraão vem pelo ouvir, no livro do Deuteronômio capítulo 5 temos Moisés reunindo o povo e dizendo: “Ouve Israel, as leis e os preceitos que hoje proclamo aos teus ouvidos: aprende-os e pratica-os cuidadosamente.” Assim, vemos que o ouvir não é uma coisa cansativa, pois sabemos que a iniciativa de falar é de Deus. Outro livro da Bíblia tem uma relação muito forte com o ouvir, isto é, no livro dos Provérbios temos por 33 vezes a repetição do verbo ouvir ou até mesmo escutar.
Gostaria de refletir ainda sobre o chamado de Abraão. É muito bom poder conhecer a história de homens e mulheres que souberam escutar. Se você pegar sua Bíblia pode observar que por seis vezes Deus diz que fará de Abraão um povo numeroso. Mas que grande multidão é essa? É a multidão dos filhos de Deus, daqueles que escutam a palavra do Senhor, daqueles que tem o ouvido de discípulo, que estão prontos a escutar o seu Senhor e a colocar em prática seus ensinamentos. Ah! Agora estou compreendendo. Parece que só saberemos como fazer, se primeiro sabermos o que fazer. É isso mesmo! Abraão se lançou na direção da proposta de Deus, escutou a voz e foi adiante. Assim, existe uma pergunta que está clara a nós e que precisa ser feita. Quais são as vozes que estamos seguindo? É a de Deus ou são cochichos que querem tomar o lugar da verdadeira voz.
Olhando para essa tarefa do cristão que é saber escutar, lembro daquela passagem do evangelho (Lc 9, 38-42) onde Jesus diz a Marta que Maria escolheu a melhor parte, isto é, aquela que não será tirada, pois enquanto Marta trabalhava sem parar, Maria escutava atentamente. Assim Jesus nos confirma que primeiramente é necessário escutar.  Dessa forma digo sem medo: vamos escutar mais, afinal se temos dois ouvidos é um sinal importante que nos diz: “quem escuta a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna.” (Jo 5,24) Assim convido você a fazer um exercício durante esse próximo mês, seja em casa, na Igreja ou em um momento de oração, na sua oração pessoal ou comunitária diga sempre: “Senhor, que queres que eu faça?” Só aqueles que se colocam na atitude de ouvintes descobrirão a vontade de Deus em suas vidas. Lembro ainda das vezes que cheguei angustiado diante de Jesus eucarístico, nesses momentos fizemos um acordo: eu olhava prá Ele e Ele prá mim, eu não dizia nada e Ele no seu falar silencioso me fala que é no silêncio do nosso coração onde podemos encontrar o que é mais necessário para nós: sua presença. Presença essa que enquanto no olha não deixa de amar e de nos chamar, afinal, somos filhos de um Pai que quer apenas um minuto conosco.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O tamanho de nosso tesouro



Nestes dias de crise econômica vemos cada vez mais a urgência em salvar as economias atingidas por esta grande onda devastadora. O que ficou claro para nós é que muitas pessoas colocavam suas esperanças no dinheiro e as viram cair juntamente com seus corpos de grandes edifícios, isto é, muito dinheiro perdido mexeu com a cabeça de muita gente a ponto de cometerem suicídio. Mas você pode está se perguntado o motivo pelo qual começamos nossa reflexão falando sobre dinheiro. A justificativa é a seguinte: o que queremos chamar atenção é sobre as coisas que estamos elegendo como verdadeiro Tesouro de nossas vidas.
Seria importante dizer que essa reflexão surgiu justamente de um terço da misericórdia na própria
comunidade Ressurreição. Ao chegar na comunidade para fazer uma das minhas visitas, cheguei mesmo na hora do terço da misericórdia e começamos a rezar. Interessante que uma das primeiras coisas que eu vi na capela foi um pequeno baú perto do sacrário, assim veio no coração a seguinte frase: “Jesus é o nosso maior tesouro.” Claro que de início fiquei feliz mais em seguida pensei que deveria refletir sobre esse tema nesse mês. Dessa forma, estamos todos situados em relação ao motivo desta proposta do Senhor para nossas meditações durante este mês de Agosto onde a Igreja celebra as Vocações. Quem sabe se não é o momento oportuno para descobrirmos para qual tesouro queremos dedicar nossas vidas.
O tema do tesouro é bem conhecido na Bíblia, só em Mateus ele aparece 11 vezes. Assim convido a refletir o capítulo seis de Mateus e ver a riqueza que muitas vezes não sabemos que existe. Depois da oração do Pai nosso temos a recomendação de Jesus em ajuntar o nosso tesouro no céu. Mas o que é mesmo o nosso tesouro? Não queremos ser infantis e afirmar que são coisas, mas é o próprio Jesus. O papa Bento XVI, atento a essa cultura cada vez mais materialista que estamos vivendo, diz que “Deus não nos dá coisas, Ele nos da a si mesmo e só o nosso coração por mais orgulhoso que seja pode dizer que é ainda pouco.” Essas palavras do Papa nos questionam, pois as vezes deixamos passar despercebido que temos Jesus como nosso maior tesouro, como a maior pérola preciosa que temos, único bem maior de nossas vidas. Ah! Como seria bom que as pessoas tivessem Jesus como a maior herança que pudesse receber e deixar para alguém, já pensou se nossos parentes não nos tivessem introduzidos na experiência de fé na pessoa de Jesus Cristo. Temos que lhes agradecer de todo nosso coração!
Pois bem: eis o tamanho do nosso tesouro! Muito maior do que nós pensamos. O que seria de nós se não tivéssemos descobrido esse tesouro. Assim como não se lembrar das palavras de Jesus no Evangelho de Mateus (13,44) quando diz: “O Reino dos céus é também semelhante a um tesouro escondido num campo. Um homem o encontra, mas o esconde de novo. E, cheio de alegria, vai, vende tudo o que tem para comprar aquele campo.” Aqui fica para nós um questionamento: o que estamos deixando para traz para poder buscar esse tesouro? Claro que a nossa adesão a Jesus vai se dando de forma processual, isto é, cada vez mais vamos nos identificando com Jesus nosso tesouro. Dessa forma, Mateus ainda nos diz: O Reino dos céus é ainda semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas. Encontrando uma de grande valor, vai, vende tudo o que possui e a compra. (13,45. 46) Te convido hoje a dar um passo muito importante na sua fé, ou seja, busquemos esse tesouro, pois como diz a canção: “Tu me deste um tesouro. Brilha mais do que o sol, não, ninguém mais o levará, porque está dentro de mim. Nada era o que eu tinha, Como um nada passou, tudo… tudo deixei porque,
não me falava de Ti.”  Ah! Como é bom saber que o verdadeiro tesouro nos levará ao encontro de Jesus. E sendo ele aquele que chama para o serviço na messe, vamos estar atentos para durante este tempo ouvir sua voz a nos chamar para primeiramente estar com ele e logo em seguida nos enviar na missão. Assim, cuidemos para que em momento algum deixemos de buscar o tesouro que nos é oferecido pelo Pai que está nos céus, seu único filho Jesus Cristo, a nossa maior herança, muito maior do que qualquer tesourinho que pode ser comido pelos ferrugens da vida. 

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